Este post traz alguns destaques sobre dois artigos da Mestranda em Educação e membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Informática na Educação (GEPIED) UFS/CNPq, Adriana Alves Novais Souza e do Professor do Núcleo de Pós-graduação em Educação e de Computação e coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Informática na Educação (GEPIED) UFS/CNPq, Henrique Nou Schneider.
Resumo: O trabalho em questão faz parte da pesquisa em curso “Uso das Redes Sociais como Ferramenta de apoio às práticas docentes” e analisa uma prática docente desenvolvida no Ensino Superior que utiliza o Facebook como um Recurso de Avaliação da Aprendizagem. A pesquisa envolve novas perspectivas de ensino com as redes sociais, refletindo sobre as vantagens de seu uso como apoio, avaliação e consolidação da aprendizagem, especialmente sob o olhar do discente, a fim de compreender como se processam as relações de colaboração e interação entre professor-aluno e aluno-aluno.
Pontos que destaco:
Os autores destacam que as TDIC possibilitam o processo de ensino/aprendizagem em tempos e espaços diferentes quando dizem que "diante das novas exigências da sociedade atual, permeada pelos avanços tecnológicos, faz-se necessária uma revisão e, principalmente, uma atualização das práticas exercidas nos espaços escolares, uma vez que, conforme Valente [1999, p. 35], “a realização de tarefas pode acontecer no mesmo local, porém em tempos diferentes”. Nesse sentido, a utilização das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no processo de ensino promove novas formas de acesso à informação e ao aprendizado, propiciando práticas que poderão ser desenvolvidas em um mesmo tempo, mas em espaços bem diversos" (pág 1).
Três categorias de análise e abordagem foram estabelecidas para delimitar os caminhos da pesquisa: colaboração entre alunos, avaliação da aprendizagem e relação professor-aluno (pág 5).
Com relação à metodologia de trabalho com os alunos, "Segundo Barkley [2005] apud Dotta [2011], é preciso que o docente estabeleça com muito cuidado os objetivos e trajetórias de aprendizado ao planejar uma atividade colaborativa, para que esta se torne significativa a todos os integrantes do grupo (pág 6).
Essa preocupação é destacada quando os os autores, concordando com Marcon, Machado e Carvalho [2012, p. 7], afirmam que, “por mais interesse que o sujeito tenha em aprender autonomamente, espera-se do docente mediador a orientação e a estruturação do que fazer e de que forma podemos prosseguir” (pág 8).
Por fim, trago na íntegra as considerações finais desse trabalho:
"Segundo Barcelos e Batista [2012], as Redes Sociais na Internet (RSI), têm sido utilizadas para fins pedagógicos, embora normalmente como repositórios de materiais diversos, sem questionar o valor dessas redes. Da mesma forma, Valente apud Klix [2011] questiona a relevância de práticas docentes que utilizem redes sociais, uma vezque, em sua maioria, tais iniciativas têm se restringido à divulgação de conteúdos que não foi possível apresentar em aula e/ou para receber atividades dos alunos, atitudes que apenas contribuem para transmitir informações".
"Esta pesquisa dialoga com os autores ao considerar que é preciso ir além, buscando compreender como se dão as interações entre alunos e professores e alunos e alunos, a fim de compreender como os nós interagem e estabelecem entre si colaboração da aprendizagem. A intenção da pesquisa é investigar práticas que ultrapassem tais situações, analisando a utilização da rede social como recurso didático e ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem".
"A pesquisa evidenciou as potencialidades do Facebook como ferramenta de apoio, principalmente no que se refere à interação entre alunos, por ser uma alternativa coerente e de fácil execução, uma vez que professores e alunos já conhecem a rede social utilizando-a para fins pessoais, o que garante maior participação e adesão entre os envolvidos. Destaca-se como ponto negativo a ausência do professor no processo de mediação, embora se considere sua iniciativa de socializar a prática avaliativa, pois ao propiciar que o aluno divulgue seu trabalho e analise o trabalho do colega, o professor inova na prática avaliativa, dividindo com sua turma o processo de leitura e análise dos trabalhos, favorecendo o exercício da crítica, a divulgação de bons trabalhos e a colaboração todos-todos" (págs 8 e 9).
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Clique no link ao lado e boa leitura: Uso do Facebook como Recurso de Avaliação da Aprendizagem
Abaixo a apresentação dos autores no CBIE 2013.
Pontos que destaco:
Os autores destacam que as TDIC possibilitam o processo de ensino/aprendizagem em tempos e espaços diferentes quando dizem que "diante das novas exigências da sociedade atual, permeada pelos avanços tecnológicos, faz-se necessária uma revisão e, principalmente, uma atualização das práticas exercidas nos espaços escolares, uma vez que, conforme Valente [1999, p. 35], “a realização de tarefas pode acontecer no mesmo local, porém em tempos diferentes”. Nesse sentido, a utilização das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no processo de ensino promove novas formas de acesso à informação e ao aprendizado, propiciando práticas que poderão ser desenvolvidas em um mesmo tempo, mas em espaços bem diversos" (pág 1).
Três categorias de análise e abordagem foram estabelecidas para delimitar os caminhos da pesquisa: colaboração entre alunos, avaliação da aprendizagem e relação professor-aluno (pág 5).
Com relação à metodologia de trabalho com os alunos, "Segundo Barkley [2005] apud Dotta [2011], é preciso que o docente estabeleça com muito cuidado os objetivos e trajetórias de aprendizado ao planejar uma atividade colaborativa, para que esta se torne significativa a todos os integrantes do grupo (pág 6).
Essa preocupação é destacada quando os os autores, concordando com Marcon, Machado e Carvalho [2012, p. 7], afirmam que, “por mais interesse que o sujeito tenha em aprender autonomamente, espera-se do docente mediador a orientação e a estruturação do que fazer e de que forma podemos prosseguir” (pág 8).
Por fim, trago na íntegra as considerações finais desse trabalho:
"Segundo Barcelos e Batista [2012], as Redes Sociais na Internet (RSI), têm sido utilizadas para fins pedagógicos, embora normalmente como repositórios de materiais diversos, sem questionar o valor dessas redes. Da mesma forma, Valente apud Klix [2011] questiona a relevância de práticas docentes que utilizem redes sociais, uma vezque, em sua maioria, tais iniciativas têm se restringido à divulgação de conteúdos que não foi possível apresentar em aula e/ou para receber atividades dos alunos, atitudes que apenas contribuem para transmitir informações".
"Esta pesquisa dialoga com os autores ao considerar que é preciso ir além, buscando compreender como se dão as interações entre alunos e professores e alunos e alunos, a fim de compreender como os nós interagem e estabelecem entre si colaboração da aprendizagem. A intenção da pesquisa é investigar práticas que ultrapassem tais situações, analisando a utilização da rede social como recurso didático e ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem".
"A pesquisa evidenciou as potencialidades do Facebook como ferramenta de apoio, principalmente no que se refere à interação entre alunos, por ser uma alternativa coerente e de fácil execução, uma vez que professores e alunos já conhecem a rede social utilizando-a para fins pessoais, o que garante maior participação e adesão entre os envolvidos. Destaca-se como ponto negativo a ausência do professor no processo de mediação, embora se considere sua iniciativa de socializar a prática avaliativa, pois ao propiciar que o aluno divulgue seu trabalho e analise o trabalho do colega, o professor inova na prática avaliativa, dividindo com sua turma o processo de leitura e análise dos trabalhos, favorecendo o exercício da crítica, a divulgação de bons trabalhos e a colaboração todos-todos" (págs 8 e 9).
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Clique no link ao lado e boa leitura: Uso do Facebook como Recurso de Avaliação da Aprendizagem
Abaixo a apresentação dos autores no CBIE 2013.
Artigo: O Facebook como espaço de interação, colaboração e aprendizagem: uma reflexão sob a perspectiva discente
Pontos que destaco:
Os autores falam das necessidades de uma adaptação ao processo de ensino aprendizagem, em virtude das mudanças que o mundo vem passando e dos novos desafios que chegam até nós todos os dias:
"Concorda-se com o autor [VALENTE, 1999] quando ele afirma que a mudança pedagógica
necessária “é a passagem de uma educação totalmente baseada na transmissão da informação, na instrução, para a criação de ambientes de aprendizagem nos quais o aluno realiza atividades e constrói o seu conhecimento” (pág. 344).
necessária “é a passagem de uma educação totalmente baseada na transmissão da informação, na instrução, para a criação de ambientes de aprendizagem nos quais o aluno realiza atividades e constrói o seu conhecimento” (pág. 344).
"Isso porque novas formas sociais necessitam de novos modelos teóricos educacionais, uma vez que os anteriores primavam pela memorização e armazenamento de conhecimentos consolidados em livros e enciclopédias, enquanto os processos cognitivos atuais baseiam-se nas trocas de informações e na aprendizagem dos indivíduos a partir de conexões: um modelo mais complexo, formado por diversas fontes de conhecimento e cujo núcleo de interesses muda constantemente [RENÓ, VERSUTI e RENÓ, 2012]" (pág. 344).
"Porém, a adaptação da escola às formas de lidar com o conhecimento e a informação na atualidade requer mudanças pedagógicas relacionadas à condução dessa geração [MOTA, 2009]. Isso porque para se desenvolver a autonomia e o controle do processo de aprendizagem do aluno faz-se necessário o emprego de pedagogias participativas, baseadas na colaboração, no diálogo e na cooperação" (pág. 344).
Especificamente sobre o Facebook os autores falam que "a utilização do Facebook nos processos educativos está de acordo com o que apontam Marcon, Machado e Carvalho [2012, p. 2], que defendem o uso de suas ferramentas dentro de uma lógica comunicacional, destacando suas características inerentes: “a participação, a interatividade, a comunicação, a autonomia, a cooperação, o compartilhamento, a multidirecionalidade”" (pág. 346) corroborando "Arantes, Freire e Simioni [2013] evidenciaram em suas pesquisas acerca do uso de redes sociais: cada vez mais os alunos reivindicam seu uso, pois as utilizam como espaço de interação, encontro, entretenimento e, até mesmo, para mobilização sócio-política (pág. 347).
"Destaca-se que como colaboração, compreende-se o conceito, já apresentado em outro trabalho [SOUZA e SCHNEIDER, 2013, p. 6], que diz respeito “à aprendizagem que ocorre e se desenvolve a partir da interação entre os indivíduos, numa proposta de construção do conhecimento movida pelas experiências partilhadas”, promovendo novos conhecimentos a partir daqueles que os geraram"" (pág. 349).
"A proposta de utilização do Facebook além de simples repositório de materiais diversos dialoga com Barcelos e Batista [2012], ao proporem que se vá além, questionando o valor dessas redes, buscando “compreender como os nós interagem e estabelecem entre si colaboração da aprendizagem”, a fim de proporcionar uma experiência que “ultrapassem tais situações, analisando a utilização da rede social como recurso didático e ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem” [SOUZA e SCHNEIDER, 2013, p. 9] (pág. 350).
Por fim, trago na íntegra as considerações finais desse trabalho:
"As discussões aqui levantadas fundamentam a utilização das redes sociais no contexto educativo por compreender a necessidade da escola em acompanhar a evolução que transformou as formas comunicativas e sociais entre as pessoas, envidando esforços para garantir a participação e interação do aluno em seu processo de construção do conhecimento" (pág. 350).
"Trata-se de um processo fundamental para que ocorra uma aprendizagem mais efetiva, renovadora, capaz de envolver a participação de todos, independente de idade, tempo e espaço. Para isso, é importante que o professor se torne, ele mesmo, usuário das ferramentas disponíveis nas redes sociais, explorando ao máximo suas potencialidades, participando de grupos, especialmente aqueles voltados para as práticas de ensino, afinal, a participação é o primeiro passo para essa apropriação, pois nunca se poderá utilizar com precisão uma ferramenta que não se conhece (pág. 350).
"A proposta de que um dos mais acessados sites de rede sociais, o Facebook, seja incorporado como ambiente de interação e comunicação pedagógicos se dá por sua arquitetura atraente, com ferramentas que permitem desenvolver diversas atividades e instigam a participação, protagonismo, colaboração e horizontalização das relações entre professores e alunos. Isso não quer dizer que o papel docente seja dispensável, ao contrário, a partir das experiências efetivadas nas pesquisas, fica evidente a importância do papel do professor, pois ele será o guia e mediador do processo de construção do conhecimento, oferecendo o norte para que o desempenho do discente" (pág. 350).
"Assim, segundo uma perspectiva dos próprios alunos, dentre os quais existem licenciandos e, posteriormente, futuros docente, avalia-se o uso do Facebook numa proposta de utilização como ambiente informal de aprendizagem em concomitância com o ensino presencial como capaz de facilitar o acesso do aluno aos conteúdos, motivar a participação e potencializar a colaboração entre os participantes" (pág. 350).
Clique no link ao lado e boa leitura: O Facebook como espaço de interação, colaboração e aprendizagem: uma reflexão sob a perspectiva discente